

Infecções Sexualmente Transmissíveis x Surdez
Adote essa ideia.Inclua saúde.

Introdução
Apesar de termos atingido o século 21, a sexualidade é um assunto que ainda envolve diferentes mitos na atualidade. De fato, a liberação sexual feminina ainda não conseguiu contribuir definitivamente para a melhoria da saúde da mulher, principalmente daquelas privadas da informação seja por questões religiosas, de acesso e/ou de compreensão. Neste aspecto, os surdos são diretamente afetados pela sua característica bilinguística estabelecida por lei, na qual sua primeira língua, a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, não é assegurada nem mesmo pelos órgãos de governo para a divulgação de questões importantes quanto a saúde da mulher. A gravidez na adolescência, um fator importante relacionado ao fracasso escolar e alto índice de evasão escolar, além do nível significativo de adolescentes com infecções sexualmente transmissíveis, colocam os temas envolvendo a sexualidade e a saúde da mulher na ordem do dia da política educacional. Considerando, portanto essa realidade, a sexualidade incluindo questões médico-práticas, como métodos anticoncepcionais e doenças sexualmente transmissíveis ou de alta incidência, deve ser explorada nesse grupo e tratadas como conceitos importantes para a formação pessoal. Esses conceitos estão relacionados com o autoconhecimento, liberdade sexual, formação de gênero, planejamento familiar e gravidez, entre outros. Sendo assim, esse estudo tem como objetivo discutir questões referentes à saúde da mulher focando três tipos de infecções sexualmente transmissíveis – ISTs, de maior incidência na perspectiva clínica, considerando a sensibilização de se “escutar” com os olhos propiciando a confecção de um site educacional como proposta de um investimento em prevenção das ISTs em surdos. Através da utilização de LIBRAS e português, confeccionamos um site bilíngue com informações e conhecimentos relevantes sobre educação para prevenção de ISTs e exercício da cidadania sexual e respeito com o/a parceiro/a.

Equipe do Laboratório Biopatógenos e Ativação Celular e Processos Educacionais (LaBiopAc&ProEduc) coordenado pela Prof.ª Dr.ª Dilvani Oliveira Santos, no II Simpósio Nacional "Sinais em Foco: Políticas, Conhecimento e Divulgação".

Equipe Técnica (da esquerda para a direita): Thays Merçon, Sabrina Marcondes, Aline Angel e Juliete Viana.

Prof. Dr. José Augusto Nery e Thays Merçon recebendo Menção Honrosa Apresentação Oral ao trabalho: Infecções Sexualmente Transmissíveis e a Surdez: Produção de material didático para a abordagem de temas de importância para a saúde da mulher, Associação de DST do RJ (SBDST-RJ) e o Setor de DST da UFF, no VI Simpósio Brasileiro de HPV.